* Dom Odelir José Magri
Aos Freis Capuchinhos, Comunidade cristãs, lideranças e Povo de Deus da Paróquia São Lourenço Mártir, Saudações fraternas em Jesus Cristo, missionário do Pai.
Há 70 anos nascia uma nova paróquia no território de nossa Diocese, uma pequena semente plantada que germinou, cresceu, foi cuidada e hoje celebra com alegria suas Bodas de Vinho, firmando ainda mais suas raízes no chão sagrado de seu território paroquial, confiado desde seus inícios à proteção de Nossa Senhora das Graças e São Lourenço Mártir, alimentada pela seiva da fé, do Evangelho de Jesus Cristo e caminhada do seu povo.
Frei Luzinho me solicitou essa mensagem em comemoração ao Jubileu da paróquia. Confesso que procurei ler algumas coisas da sua história, antes de rabiscar esse texto. E constatei com alegria na história desta paróquia, as marcas históricas da caminhada de nossa Diocese, aqui resumidas em quatro características:
? A diversidade de ministérios, especialmente o envolvimento significativo dos leigos e leigas na organização administrativa, litúrgica e social;
? Os espaços colegiados de reflexão, decisão e encaminhamentos, ou seja, uma Igreja sinodal; ? Uma Igreja a serviço da vida plena para todos: muitas pessoas protagonistas junto às pastorais sociais, organizações populares, sindicatos, associações;
? E enfim, priorizando sempre um processo de formação integral e permanente das suas lideranças e comunidades cristãs. Isso tudo, enriquecido pela força, dinamismo e a marca da espiritualidade e a força missionária do carisma franciscano.
Portanto, ao celebrar este Jubileu, vos convido em primeiro lugar, a "olhar o passado com gratidão", lembrar os fatos e a caminhada feita para manter viva a própria identidade, sem fechar os olhos para as incoerências, limites e fraquezas no anúncio e testemunho da fé. A experiência da conversão quotidiana é um dos pilares da identidade do discípulo missionário de Jesus. Em segundo lugar, a "viver o presente com paixão", olhar para a caminhada atual com suas riquezas e desafios, iluminados pelo Evangelho e o testemunho no Espírito de comunhão e experiência de colegialidade. E por último, "olhar o futuro com esperança", sem desanimar e sem medo de testemunhar a Alegria do Evangelho numa Igreja em Saída, sinodal, misericordiosa, profética e samaritana, "deixando-nos guiar pela Luz do Senhor" (Is 2,5).
E finalizo, lembrando que o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica, Alegria do Evangelho, aponta para a necessidade de todo cristão, missionário/a, abrir-se sem medo à ação do Espírito Santo. Uma atitude que gera 'evangelizadores com espírito', quer dizer, evangelizadores que rezam e trabalham. "Do ponto de vista da evangelização, não servem as propostas místicas desprovidas de um vigoroso compromisso social e missionário, nem os discursos e ações sociais e pastorais sem uma espiritualidade que transforme o coração". (EG, 262).
Por intercessão de São Lourenço Mártir e Nossa Senhora das Graças, peço que o Espírito Santo ilumine e guie os vossos passos e ações na continuidade fiel e criativa de uma Ação Evangelizadora sempre mais Sinodal e Missionária.
Meus sinceros votos de uma bela e abençoada festa Jubilar e minha benção aos freis, lideranças leigas e a todo o povo de Deus, especialmente as famílias.
* Dom Odelir José Magri, MCCJ - Bispo diocesano de Chapecó
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