A paralisação estadual de professores da rede pública, que nesta terça-feira, 24 de abril, entra no segundo dia, segue praticamente normal. Dados fornecidos pelas 36 Regionais apontam que a adesão ao movimento continua estável, com apenas 3% dos professores em greve, atingindo cerca de 17 mil alunos.

Um exemplo dessa queda é a Regional da Grande Florianópolis, que ontem apresentava um quadro com 13% dos docentes paralisados, mas hoje apenas 8% continuavam no movimento. “Pedimos aos pais que continuem mandando seus filhos à escola, pois estamos realizando atividades dentro e fora da sala de aula”, apela o secretário da Educação, Eduardo Deschamps.

A aluna Patrícia Wahlbrink, de 16 anos, que estuda no 3º ano do Ensino Médio na Escola de Educação Básica Elza Mancelos de Moura, de Guarujá do Sul, acredita que a paralisação é constrangedora. Conforme ela, os professores têm seus direitos, mas não devem paralisar com as aulas. “Se as aulas forem paralisadas agora, os grandes prejudicados seremos nós, alunos”, desabafa a jovem. Patrícia, que no final deste ano deve prestar exame vestibular, sonha em cursar medicina na faculdade. “Se eu não tiver aulas normal, passar no curso de medicina vai ficar difícil”, conclui.

Segundo a secretária-adjunta da Educação, Elza Marina Moretto, esta paralisação é inoportuna. “Abrimos um canal de diálogo para o avanço na carreira. Fizemos o possível e apresentamos a proposta que podíamos neste momento. Temos que ter bom senso e equilíbrio para não comprometer a educação catarinense”, afirmou.

O Governo vem mantendo todos os esforços para garantir a valorização da categoria. Na paralisação realizada em 2011, honrou o que foi combinado reajustando o valor do piso, conforme disposto em Lei Federal e atendendo outras reivindicações. Hoje nenhum professor ganha menos que R$1.450,87 de salário base. Na última semana foi apresentada uma proposta que prevê a revitalização da carreira do magistério do Estado, beneficiando todas as categorias.