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Deflagrada greve do magistério estadual

A Assembleia estadual dos professores, ocorrida na tarde desta terça-feira (17), no Centrosul, em Florianópolis, decidiu pela greve geral nas escolas estaduais a partir de segunda-feira (23). Aproximadamente 3.500 professores estiveram presentes e as opiniões foram divididas sobre entrar ou não em greve. A maioria, no entanto, optou pela paralisação.

Evandro Accadrolli, secretário executivo estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/SC), afirmou que os professores ficaram muito descontentes porque o governo não cumpriu com o acordo de greve do ano passado, nem com a Lei do Piso de 2008, os prazos apresentados foram longos demais e, com isso, o governo não garante o reajuste do ano que vem.

“O governo tem uma dívida imensa. O nosso salário é um dos piores do país, por isso é preciso restabelecer a carreira com percentuais de valorização”, declarou.

Segundo a Secretária de Políticas Sociais e de Gênero do Sinte/SC, Joaninha de Oliveira, muitas regionais estiveram esvaziadas e não se colocaram a favor da greve com o intuito de não trazer novo desgaste para a sociedade. “A proposta do governo, entretanto, colocou a categoria em luta consigo mesma, a partir do momento em que reajustou consideravelmente alguns níveis e muito pouco, outros”, considerou.

Alvete Padin Besin, coordenadora do Sinte/SC, avaliou a decisão como construída desde janeiro, quando os professores não receberam o reajuste proposto pelo governo federal. Contudo, um possível acordo pode acontecer até segunda-feira. “O prazo para início da greve respeita os dias para informar aos pais e alunos a decisão. Neste tempo, se o governo se mostrar aberto a outra negociação, podemos chegar a um acordo sem que a greve inicie”, completou Alvete.

Para a deputada Luciane Carminatti (PT), a greve estava prevista desde que a proposta do governo foi apresentada, ontem. “Eles propuseram cumprir em dois anos algo que deveria ter sido feito em janeiro deste ano. O governo tem margem de recursos para recompor os salários ainda este ano”.

Os deputados Neodi Saretta (PT), Luciane Carminatti, Angela Albino (PCdoB) e Sargento Amauri Soares (PDT) prestaram solidariedade ao movimento da categoria e estiveram presentes na assembleia.

Após a decisão, os professores fizeram passeata e concentraram-se em frente à Secretaria da Educação.
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