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A força dos pequenos negócios

 A microempresária Lucivani Capitânio, 37 anos, atuou como vendedora de loja durante 11 anos, mas não estava satisfeita com a falta de perspectiva de crescimento. Acreditava que tinha potencial para se qualificar, aumentar a renda e se realizar profissionalmente. Vaidosa, sempre gostou dos cuidados com a própria beleza, o que motivou o investimento nos primeiros cursos de capacitação: manicure e pedicure, sobrancelha e depilação.

Em 2009 começou a atender algumas clientes na própria casa e, em 2010,  formalizou-se como empreendedora individual, criando o salão de beleza Moriah. Aos poucos, o movimento foi aumentando e ela sentiu a necessidade de ampliar os negócios. Em apenas oito meses, construiu o salão, anexo à residência da família, investiu em equipamentos e em novos cursos de qualificação. Hoje atende cerca de 20 clientes por dia, realizando mais de um serviço por pessoa. A renda aumentou cerca de sete vezes em relação ao que ela ganhava como vendedora e, neste ano, tudo indica que terá que mudar a categoria jurídica da empresa em função do crescimento. 

O salão é formado por um ambiente moderno, decorado por arquiteta, mas com o toque pessoal da empresária. Conta com uma prestadora de serviços e uma funcionária – a filha de 18 anos, que desde os 16, faz cursos de cabelo e trabalha ao lado da mãe. Elas participaram de cursos em Chapecó, Curitiba e São Paulo. Além dos serviços oferecidos, Luci como é chamada, também disponibiliza às clientes produtos cosméticos e acessórios, oferecendo um atrativo a mais, e aumentando a renda.

Para administrar o salão, a empreendedora teve o apoio do Sebrae/SC por meio de consultorias e cursos como o “Negócio Certo”. Também fez um empréstimo, recentemente, por meio do Programa Juro Zero, para melhorar a estrutura de atendimento. “O financiamento foi uma oportunidade para melhorar o ambiente de trabalho, oferecendo mais conforto aos clientes”, ressalta.

Atualmente, o salão de beleza disponibiliza todo tipo de trabalho de cabeleireiro (corte, tintura, luzes, mega haire, penteados, etc), bronzeamento a jato, maquiagem, entre outros.

Uma das metas da empreendedora é continuar investindo em capacitação profissional ,tanto para o aperfeiçoamento dos serviços, quanto no que se refere à gestão da empresa. Outra preocupação está relacionada ao atendimento. Sempre disposta e bem-humorada, ela destaca que procura se colocar na posição de cliente para atender da melhor forma possível. “Quando temos uma meta e não desistimos diante das dificuldades, tudo é possível. Sempre fui uma pessoa feliz e hoje sou mais feliz ainda porque sou realizada na minha carreira profissional”, finaliza.

A REPRESENTATIVIDADE DAS MPES EM SC

 

O salão Moriah faz parte do grupo de empresas que teve relevante impacto sobre a economia do Estado. Segundo a 5ª edição do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, elaborado por meio da parceria entre o SEBRAE e o DIEESE, no período 2000 a 2011, o número de micro e pequenas empresas (2000/2011) ultrapassou a barreira dos 300 mil estabelecimentos. Nesse período, surgiram 114,3 mil novos estabelecimentos, permitindo às micro e pequenas empresas catarinenses saltarem de 325,6 mil estabelecimentos (em 2000) para um total de 507,2 mil estabelecimentos (em 2011).

Reconhecido por manter contato permanente com as micro e pequenas empresas e pela presença nas mais diversas comunidades através de sua estrutura própria e de parceiros, o Sebrae/SC oferece diversas soluções para aumentar a competitividade e a lucratividade dos empreendimentos. “Oferecemos estratégias que incentivam o desenvolvimento destas categorias jurídicas, afinal, além de fortalecer o próprio negócio, as MPEs exercem papel fundamental na geração de emprego e renda em nosso Estado”, ressalta o diretor técnico do SEBRAE/SC, Anacleto Ângelo Ortigara.

As micro e pequenas empresas do Estado criaram cerca de 465 mil empregos com carteira assinada entre 2000 e 2011, crescimento que permitiu às MPEs atingirem a marca de 923,7 mil postos de trabalho em SC. Em 2000, esse número era de 458,8 mil empregados, ritmo de expansão de 6,6% ao ano.

 Em 2011, as MPEs responderam por 99,2% dos estabelecimentos, 58,6% dos empregos privados não agrícolas formais no Estado e por 51,1% da massa de salários. Entre 2000 e 2011, de cada R$ 100 pagos aos trabalhadores no setor privado não agrícola, R$ 51, em média, foram pagos por micro e pequenas empresas. 

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