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Meta do programa SC Rural é investir R$50 milhões na agricultura familiar

  • Secretário aponta que R$50 milhões é um bom volume de investimento ao setor. -

 

  • Uma reunião convocada pelo governador Raimundo Colombo, busca dar celeridade aos trabalhos do programa SC Rural, antigo microbacias. “Esse é um projeto que investe na pequena propriedade rural de Santa Catarina, na infraestrutura, em um conjunto todo de iniciativas que melhora muito a parte mercadológica dos produtos feitos aqui”, explicou o governador. O programa chega ao seu terceiro ano, metade da duração do projeto, mas até agora recebeu cerca de 20% dos recursos totais. A proposta do governador foi construir um trabalho integrado das secretarias que acelere a realização dos projetos e alcance a meta de investir cerca de R$ 50 milhões em melhorias para os agricultores familiares catarinenses neste ano. Ao todo, Santa Catarina investirá, em seis anos, US$ 189 milhões na agricultura familiar, cerca de R$ 387 milhões, nesse programa que é uma parceria com o Banco Mundial (BIRD). “Como é intersetorial, acaba tendo algumas dificuldades no início. Pode parecer simples de fora, mas não é. Aqui estamos construindo uma interação entre os órgãos para que trabalhemos juntos de forma organizada”, disse o governador. Estão envolvidas no programa as secretarias de Agricultura, Desenvolvimento Econômico Sustentável, Infraestrutura, Fazenda e Turismo, além da Epagri, a Cidasc e a Fatma. “Somada à nossa secretaria, somos nove executores”, disse Julio Bodanese, secretário-executivo do Programa SC Rural. Também participaram da reunião de trabalho dois representantes do Banco Mundial: Gregor Wolf, coordenador setorial do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, e Diego Arias, gerente do projeto SC Rural em Santa Catarina. Para Wolf, “inicialmente o trabalho intersetorial é um desafio, mas ao fim, os resultados são muito mais significativos.” Esse é o resultado esperado pelo secretário da Agricultura, João Rodrigues. “O programa vai atender 500 empreendimentos familiares. É o maior programa de apoio a esse tipo de agricultura”, destacou. A Secretaria da Fazenda preparou um cronograma de investimento e alocou os recursos para garantir a execução das metas previstas para 2013. Também será responsável por acompanhar mês a mês o avanço das iniciativas. A primeira avaliação está agendada para o início de abril, de acordo com o secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni. Os projetos são sugeridos por técnicos da Epagri, que atuam diretamente no interior, e são enviados em maio e novembro para serem aprovados. Neste ano, a meta é realizar 40 projetos estruturantes, além de outras contrapartidas apresentadas pelo BIRD. Uma das principais é a criação de um órgão gestor dos recursos hídricos do Estado, que está sendo coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS). “Estamos desenvolvendo uma maneira de fazer isso sem aumentar a estrutura da máquina estadual”, afirmou a secretária-adjunta da SDS, Lúcia Dallagnelo, na reunião. Também participaram da reunião os secretários da Infraestrutura, Valdir Cobalchini; do Turismo, Beto Martins; além dos presidentes da Epagri, Luis Hessmann; e da Fatma, Gean Loureiro; entre outros técnicos dos órgãos envolvidos.
    O SC Rural visa, nesses seis anos, um incremento de 35% na economia de Santa Catarina. Para atingir a meta ousada, ele atua em diversas frentes. Um exemplo é em Santa Rosa de Lima, município que tem na agricultura familiar baseada na produção de alimentos orgânicos, a sua principal atividade econômica e que tem como projeto melhorias na infraestrutura de acesso, para explorar essa característica única para o turismo rural. “É permitir que, ao invés de vender só leite, se venda leite e queijo. Agregar valor no processo de produção”, explica Diego Arias, funcionário do Banco Mundial que é gerente do projeto em Santa Catarina. Outros exemplos, desenvolvidos do Oeste, é permitir que ao invés de vender apenas a carne suína in natura, ela seja vendida com o corte e embalada, ou até temperada, aumentando as etapas de industrialização e o valor desse produto que será vendido no país ou exportado. Outro processo importante que pode ser desenvolvido por meio do programa é a organização de pequenos produtores em cooperativas para que eles possam negociar a venda de seus produtos com fornecedores maiores, como supermercados. O Programa Santa Catarina Rural é a terceira etapa de uma política de desenvolvimento rural do Estado que já acontece há duas décadas e que deverá consolidar importantes avanços alcançados pelos Projetos Microbacias 1 e 2. Em investimentos, são US$ 90 milhões do BIRD e US$ 99 milhões de contrapartida do Governo do Estado.

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