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Campanha de Vacinação contra Paralisia Infantil começa neste sábado

 Começa neste sábado, 8, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde estima que 382 mil crianças de seis meses a menos de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) devem ser vacinadas. A vacina estará disponível nos mais de 2 mil postos de vacinação dos 295 municípios catarinenses. A meta do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde é imunizar 95% desse público-alvo até o término da campanha, no dia 21 de junho.

Sábado, 8, é o dia da largada da campanha e é também o Dia “D” de vacinação contra a Pólio. Santa Catarina participará da mobilização nacional. Segundo informações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), além dos postos de saúde, haverá postos de vacinação volantes localizados estrategicamente em todos os municípios. Os postos funcionarão das 8h às 17h.

Conforme explica Eduardo Macário, gerente de imunização da DIVE, os pais e responsáveis por crianças de seis meses a menos de cinco anos devem levar seus filhos aos postos para tomar as gotinhas da vacina oral contra pólio (VOP). “Este ano é importante levar a caderneta de vacinação, pois só poderão receber as gotinhas da vacina oral as crianças que já tiveram registro das duas doses da vacina injetável (VIP), ou que já receberam doses da vacina oral em anos anteriores”, destaca Macário.

A vacina protege contra os três sorotipos da poliomielite – I, II e III. “Ela tem eficácia comprovada de até 95% em crianças com o esquema vacinal completo" lembra o gerente de imunização. Desde 2012, o Ministério da Saúde preconiza que o esquema vacinal contra pólio deve ser sequencial, utilizando-se os dos tipos de vacina oral e injetável (VIP/VOP) com três doses e um reforço para crianças menores de 1 ano de idade que estiverem iniciando o esquema vacinal.

A vacina injetável (VIP) deve ser administrada aos 2 meses (1ª dose) e aos 4 meses (2ª dose). A criança deve tomar a vacina oral (VOP) aos 6 meses (3ª dose) e depois aos 15 meses de idade (reforço). A preferência para administração da vacina injetável (VIP) aos 2 e 4 meses de idade tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento adverso pós-vacinação.

Há mais de 20 anos não existem registros de casos de poliomielite no Brasil. Ainda assim, o vírus da pólio continua circulando em alguns países da Ásia e África. Só neste ano foram notificados 32 casos de crianças com poliomielite em países endêmicos. “Para garantir que a doença não seja reintroduzida no Brasil, é importante manter altas e homogêneas taxas de cobertura da vacina contra a paralisia infantil nesta população”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fábio Gaudenzi. Isso significa que é muito importante que todas as crianças com idade entre seis meses a menos de cinco anos, de todos os municípios de Santa Catarina, estejam vacinadas.

Quem não pode tomar a vacina oral contra a Pólio (VOP)

A aplicação da vacina é rápida e indolor. São duas gotinhas administradas por via oral. “Mas ela deve ser evitada em crianças com infecções agudas, febre, que tenham hipersensibilidade aos antibióticos estreptomicina ou eritromicina, que sejam imunologicamente deficientes ou apresentaram alguma reação anormal à dose anterior”, orienta o gerente de imunização da DIVE. As crianças que não tenham comprovação em caderneta de vacinação das duas doses da vacina injetável contra pólio (VIP), ou que nunca receberam doses da vacina oral (VOP) em anos anteriores, também não deverão tomar as gotinhas, devendo iniciar ou complementar o esquema com a vacina injetável (VIP). “Por isso e tão importante levar a caderneta de vacinação da criança ao posto”, reitera o diretor da DIVE.

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