O fim do petróleo
O sueco Kjell Aleklett, professor de Física, Astronomia e Sistemas Globais de Energia, da Universidade de Uppsala, na Suécia, faz parte de um grupo de cientistas que defende a teoria de que a capacidade produtiva de petróleo no mundo não conseguirá, a partir de 2013, acompanhar o aumento de demanda e entrará em declínio, causando sérios transtornos em nossa civilização. É dele a expressão “Peak Oil”, que determina o momento em que a capacidade máxima de produção de petróleo barato chega ao topo e a partir daí, torna-se cada vez mais cara a extração. Uma vez passado o pico, a produção começa a cair, enquanto os custos começam a subir.
A expressão Peak Oil já foi utilizada em discursos por George W. Bush e Barak Obama e apontam para um futuro em que a economia global teria que se ajustar à escassez de energia. O próprio presidente mundial da Shell já alertou que poderá haver um próximo ciclo de disparada nos preços do petróleo, caso a economia volte a crescer. O petróleo é a base para o abastecimento de energia, transportes, alimentos, etc.. No modelo atual, a produção de petróleo sobe, a população cresce, aumenta o consumo de alimentos e energia, o que leva a maior necessidade do petróleo. Quando o petróleo mais barato acabar, todos os custos aumentarão, ocasionando uma nova crise mundial.
O já falecido Mathew Simmons, ex-presidente da maior empresa de investimentos na área de energia, e antigo conselheiro do presidente Bush, já se referiu a este problema, declarando que as crises não são mais do que problemas que foram ignorados. Todas as grandes crises foram ignoradas até que era muito tarde para fazer alguma coisa. Isto não é profecia bíblica ou uma teoria da conspiração. Trata-se de uma conclusão científica de respeitados geólogos, físicos e economistas.
As ramificações desta situação são graves e nenhum governante quer ser chamado de profeta da desgraça por divulgá-los de uma forma clara. Ela é uma sentença de morte para um estilo de vida consumista e capitalista, totalmente dependente do petróleo. Neste caso, a maioria prefere “matar o mensageiro”, ao invés de enfrentar o problema e preparar uma nova forma de vida. A verdade é que apesar de debatida, e muitas vezes negada, uma queda considerável na produção de petróleo barato está se aproximando muito mais rápido do que muita gente admite.
Os sauditas tem um ditado que diz tudo sobre o colapso causado pela falta de petróleo barato. Eles dizem: “O meu pai andava de camelo; eu ando de carro. O meu filho anda de avião; o filho dele andará de camelo”.
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