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Como será 2013 para o agronegócio

Superados os inúmeros altos e baixos no setor agropecuário, o ano de 2012 termina com relativo resultado positivo. Como bem citaram as lideranças do setor nas análises feitas para os programas de rádio da Fecoagro esse ano teve de tudo. Alguns produtos, como foi o caso dos grãos e o leite, auferiram resultados positivos, enquanto que as carnes tiveram épocas de prejuízos, muito mais devido à elevação dos custos de produção do que de variações bruscas dos mercados consumidores no país e exterior. O arroz teve épocas de dificuldades nos preços, agora está melhor. A maçã, devido às intempéries, registrou prejuízos na produção e na qualidade e, por consequência, nos preços; para ficar apenas nos principais produtos de SC. Na área dos insumos agrícolas, segmento que geralmente é controlado no mercado pelas multinacionais, acompanhou a capacidade de pagamento dos agricultores. Todos nós sabemos que os fertilizantes e defensivos não seguem a lógica dos custos de produção para formar preços. O que determina conduta nessas empresas é verificar quanto o agricultor pode pagar em função dos preços dos grãos. Estabelecem seus preços, ficando com a maior fatia dos lucros, sem correr riscos de problemas meteorológicos ou outra influência no mercado. As matérias primas para produção de fertilizantes são controladas por poucos produtores internacionais e são eles que determinam os preços. A variação com maior ou menor lucro para as empresas importadoras e misturadoras ficam a sorte das épocas de aquisições, arcando com custos das deficiências portuárias e das politicas de estoques e vendas de cada uma. Dependendo dos acertos desses fatores poderão ser apurados resultados positivos ou negativos na atividade interna. Às vezes acertam e também erram e assim reduzem ou eliminam as rentabilidades necessárias para a sobrevivência industrial. Se 2012 já passou, com turbulências ou céu de brigadeiro, dependendo do produto e da época de comercialização, como será 2013? Análises feitas por setor especializado do Rabobank, da Holanda, o principal banco agrícola daquele país e que é controlado pelo Sistema Cooperativo holandês e está presente em diversas partes do mundo, o ano será bom para a agricultura. A expectativa é que os grãos continuem em alta; a demanda aumente; o estoque de passagem permaneça reduzido e a consequência das estiagens de 2012 ocorridas em diversas partes do mundo ainda repercuta no comportamento dos mercados em 2013. Pelas notícias publicadas, 2013 será bom para o agronegócio, mas como em agricultura tudo pode ocorrer no andar da carruagem é sempre bom se prevenir que outros fatores poderão surgir e comprometer as expectativas positivas. Seria bom que o seguro agrícola fosse mais abrangente, que o uso de novas tecnologias fosse ampliado e que os governos ficassem mais atentos e sensíveis da importância desse setor. Como diz um ditado antigo: “Só corre o risco de não colher, quem não plantar”, desde que São Pedro ajude. No mais, Feliz Ano Novo a todos e esperamos estar juntos novamente em 2013. Com menos problemas. Pense nisso.

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