Afro XXI
Estamos no Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, declarado pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 2010. O que tornou mais especial neste ano o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, em homenagem a Zumbi dos Palmares (1655-1695). A data foi instituída pela Lei no 10.639/2003, que também tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas.
Conforme declarou a dra. Navi Pillay, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, “este Ano Internacional oferece uma oportunidade única para redobrar nossos esforços na luta contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e outras formas de intolerância que afetam as pessoas de ascendência africana em toda parte”.
Daí a grande importância do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI), realizado em Salvador/BA, de 16 a 19 de novembro, que reuniu, em seu encerramento, chefes de Estado e representantes de países da América Latina, Caribe e África.
Na “Declaração de Salvador”, um dos documentos elaborados pelo Afro XXI, ficou registrado: “Convocada pelo Governo da República Federativa do Brasil, Governo do Estado da Bahia e pela Secretaria-Geral Ibero-americana, com o apoio da Organização das Nações Unidas, os objetivos centrais da cúpula foram dar visibilidade às contribuições sociais, culturais, políticas e econômicas afrodescendentes para a América Latina e o Caribe para aumentar o conhecimento da situação vulnerável na qual a maioria desta população vive e recomendar estratégias nacionais, regionais e internacionais para promover a inclusão total dos afrodescendentes e superar o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata”.
Na década de 1980, no “Daily Post” (circulação internacional) e em vários outros jornais e revistas do Brasil e exterior, escrevi um artigo ao qual dei o título “Racismo é obscenidade”. De lá para cá, graças a Deus, expressivas conquistas vêm sendo alcançadas no aumento da consciência de que fazemos parte de uma única raça, a Raça Universal dos Filhos de Deus. Portanto, que o acesso à Educação, ao Trabalho e à Saúde seja igual para todos, em qualquer parte do mundo.
SANGUE RIMA COM VIDA
Desde tempos imemoriais, o sangue apresenta várias simbologias. Entre elas, a da honra, da luta e principalmente da vida. Instituído pelo decreto presidencial no 53.988, de 30 de junho de 1964, 25 de novembro passou a ser o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. Em 2003, foi lançada, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue, comemorada sempre no fim de novembro.
Apesar de todos os esforços de conscientização da importância de ser doador, o brasileiro, que é solidário, ainda não fez desse gesto um hábito.
No site www.amigodoador.com.br tomamos conhecimento de que apenas 1,5% da população doa sangue anualmente, índice bem abaixo da porcentagem norte-americana, com quase 5%. Outros dados interessantes revelam que, desse 1,5%, 75% são pessoas de baixa renda e 70% estão na faixa de 26 a 45 anos. Os homens respondem por 78% das doações.
Hoje, com a internet, pode-se tirar qualquer dúvida que possa inibir o cidadão a se tornar doador de sangue. Orientações quanto aos benefícios e restrições estão acessíveis a todos.
Em 26/11, a Juventude Ecumênica Militante da Boa Vontade, da LBV, realizou um mutirão nacional de doação de sangue em postos de saúde e hospitais. Não perca tempo. Seja também um doador de vida.
Dedico aos que, a partir de agora, se juntarão a esse time da solidariedade o que escrevi em “Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade” (1987): Assim como o sangue, circulando pelo corpo, oxigeniza e alimenta as células humanas, o Amor, percorrendo os mais recônditos pontos de nosso Espírito, fertiliza-o e o torna pleno de vida. (...) Ao final de tudo, ele — que se expressa das mais surpreendentes formas na grande tarefa de conduzir os homens à sobrevivência — vencerá! Continuamos acreditando na vitória final do ser humano e de seu Espírito Eterno, a obra máxima do Criador.
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