A tecnologia na educação e os desafios da docência
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Internet - *Vilma Aurea Rodrigues, Professora universitária do Centro Universitário UniFG e Suélen de Oliveira, Coordenadora e professora dos cursos de Saúde e do Centro Universitário UniFG.
Vilma Aurea Rodrigues – Professora universitária do Centro Universitário UniFG e Suélen de Oliveira – Coordenadora e professora dos cursos de Saúde e do Centro Universitário UniFG
A educação reflete as necessidades culturais e históricas de um contexto. Assim, tal dinamicidade, exige do profissional novas posturas, por isso, discutir sobre a educação moderna, sobretudo, após a crise pandêmica, é importante. Com o advento da Pandemia da Covid-19, causada pelo vírus SARS-COV-2, todo o processo que compõe a educação escolar (planejamento, docentes, recursos pedagógicos, alunos, pais e suas relações interpessoais, etc.) precisou se reinventar, principalmente, porque o uso da tecnologia foi intensificado e o distanciamento da escola necessário. Desse modo, o acelerado uso de ferramentas digitais e a adequação das unidades de ensino para a oferta de uma educação renovada e coerente com o novo modelo de aluno, pós pandemia, exigiu um ajustamento do professor.
As práticas docentes, para atender os estudantes em uma perspectiva moderna, apresentam-se como desafio para o modelo de educação exigida, visto que a prática cotidiana não é suficiente, pois, o uso da tecnologia requer domínio e formação prévia. No entanto, se de um lado, identifica-se no Brasil, segundo o Instituto Claro, em pesquisa realizada com 1865 docentes entre outubro de 2021 e maio de 2022, em que 59% dos docentes ressaltaram que a falta de um curso específico, dificultava o uso das tecnologias em atividades educacionais, por outro, simultaneamente, observa-se a necessidade de formar estudantes capazes de serem líderes de sua produção do saber.
A concepção moderna, requer o uso de recursos e de metodologias que protagonizam o discente em seu próprio processo de ensino e aprendizagem, neste sentido, as Metodologias Ativas, tornam-se importante ferramenta para fomentar uma educação transformadora, como aponta Paulo Freire, determinante na formação de um estudante autônomo, crítico e consciente.
Diante do exposto, porém, entende-se que a educação, na modernidade, não se finda na mera mudança de uma metodologia e no aprender a lidar com as tecnologias. Tal justificativa está no dualismo em que se encontra a finalidade e os resultados da prática educativa. À vista disso, ao tempo que precisamos preparar os estudantes para o mercado de trabalho, com objetivo de alimentar o sistema capitalista, que na perspectiva marxista é excludente e elitista, é preciso atentar-se ao objetivo supremo de promover uma formação humana livre, autônoma e inclusiva.
Então, ter condições de harmonizar essas duas vertentes de finalidades educacionais na atualidade, pode ser o maior desafio da educação, e, portanto, exige muita discussão, reflexão e pesquisa. Ainda assim, certo é, que tanto preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, é essencial à sua sobrevivência, quanto torná-lo capaz de agir com autonomia e liberdade, é determinante para a formação de uma sociedade mais justa e equitativa.
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