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Quem é São Jose?

  • Arquivo DR - * Frei Luizinho Marafon – Pároco da Igreja São Lourenço Mártir e Nossa Senhora Aparecida

* Frei Luizinho Marafon – Pároco da Igreja São Lourenço Mártir e Nossa Senhora Aparecida

Mateus, em seu Evangelho, quando apresenta a genealogia de Jesus, termina com José, que é o pai legal de Jesus: a razão está em que, aos olhos dos antigos, a paternidade legal (adoção, levirato etc.) bastaria para conferir todos os direitos hereditários, os da linhagem davídica. Não se exclui a possibilidade de Maria também ter pertencido a essa linhagem, embora os evangelistas não o afirmem. José era da família de Davi, entre seus antepassados havia patriarcas, reis e príncipes. À sua família fora prometido o trono com eterna benção. Sua glória e grandeza decorrem de pertencer à família que devia dar ao mundo o Salvador. Da haste de Jesse, e da estirpe de Davi, devia nascer o Messias prometido.

São Mateus, dá como genealogia de Cristo a de José, chamando-o de o livro da geração de Jesus Cristo, o filho de Davi, o filho de Abraão (Mt 1,1). A este respeito, os Doutores da Igreja observaram que o Evangelista enumera todos os ancestrais de José não tanto para traçar a descendência de Maria e, por conseguinte, de seu Divino Filho, mas para nos fazer entender que em José foram realizadas todas as glórias de seus antepassados, suas esperanças e suas orações; que, em José, combinaram-se todas as suas virtudes, porém em muito maior plenitude e perfeição; em José encerrou-se aquela linha de grandes patriarcas que eram a glória de Israel. José superou a todos com o seu incomparável destino como esposo daquela que, pela operação do Poder Divino, deu à luz o Salvador do mundo.

José nasceu pobre, em condições humildes, tinha poucos bens, não possuía nenhum palácio real. José não possuía a riqueza dos seus ancestrais, não nasceu grande aos olhos do mundo, nasceu grande aos olhos de Deus, pois foi grande diante de Deus pela abundância de graças que Ele liberalmente o dotou e enriqueceu. Como afirma o jesuíta Francisco Suárez em seu comentário sobre: “Os mistérios da vida de Cristo” deu um salto de qualidade. Por primeiro, situou o ministério de São José na ordem hipostática, ordem própria das pessoas divinas. Quer dizer, José, não é apenas um homem justo e cheio de virtudes, digno de ser o pai de Jesus, mas a sua presença e ministério guardam uma relação tão profunda com o mistério da encarnação que de alguma forma, ele também participa dela. Cunhou a expressão que nunca mais sairá do vocabulário teológico: “José é ordenado à ordem da união hipostática” (pertinet ad unionem hypostaticam). Isso ocorreu no século XVII.

Frei Adauto e a personificação do Pai

Frei Adauto Schumaker, trabalhou por mais de cinquenta anos na região amazônica do Estado do Maranhão, escreveu um manuscrito, “Josefologia: o Pai ‘personificado’”, com a data de 19 de março de 1987. Nele o Frei afirma que: “José é a “personificação do Pai”, assim como Jesus é a personificação do Filho e Maria do Espírito Santo.

Em sua josefologia, Frei Adauto continua: Interfusão de josefologia com patriologia. José é Deus Pai humanado, incorporado. É a sua Sabedoria e Discrição eternas, incorporadas no seu substituto na terra, no encargo de chefe da Sagrada Família. É a paternidade divina compartilhada do Pai Supremo (...). Os três (Jesus, Maria e José) viviam na doce paz doo amor divino, mas também numa persistente e cruciante hipertensão espiritual, pois em face da lei eram hereges rompendo com as tradições mais caras ao povo eleito. Submetiam-se ao cumprimento da lei – circuncisão, apresentação, purificação, romaria pascal anual -, mas interpretavam seu procedimento de maneira distinta dos demais, em dolorosa busca de identidade. Conscientizavam-se gradativamente.

Em seu credo resumido, Frei Adauto é fiel à sua proposta quando escreve: “Creio em Deus Pai onisciente, Criador e Glorificador do céu e da terra, incorporado em José, Pai da Igreja. Creio em Deus Filho onipotente, encarnado em Jesus Cristo, Redentor e Salvador do mundo, Cabeça e Coração da Igreja que é seu corpo. Creio no espírito Santo onipresente, Santificador e Mãe da Criação universal, corporificado em Maria, Mãe da Igreja. Amém”.

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