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Mais do que uma porta para o ensino superior

  • Priscila Pisoni -

 As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontecem apenas no mês de novembro, mas os estudantes que vão prestar o exame já começaram a preparação para a maratona de provas, que pode garantir vaga em uma instituição pública de ensino superior.

As inscrições para a prova encerraram na sexta-feira (20). O número de candidatos ao Enem deste ano atingiu o total de 9.276.328. O número ultrapassou o total de inscritos do ano passado, que foi de 8.478.096.

Na história do exame, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número alcançado neste ano é o segundo maior, ficando atrás apenas de 2014, quando 9,4 milhões se inscreveram.

A nota do Enem é usada como critério de acesso à educação superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (ProUni). A participação na prova também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), participar do programa Ciência sem Fronteiras ou ingressar em vagas gratuitas dos cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Além disso, estudantes maiores de 18 anos podem obter a certificação do ensino médio por meio do Enem.

Por isso, a rotina de estudos não fica restrita à sala de aula. Para obter a tão sonhada aprovação, alguns estudantes abrem mão de momentos de lazer para manter o foco no aprendizado.

Isadora Tezza, 15 anos, estudante do terceiro ano da Escola de Educação Básica Sóror Angélica, afirma que além do que aprende em sala de aula também tem estudado em casa por conta própria.

“Eu costumo dedicar em média duas horas por dia para procurar conteúdos na internet, vídeo aula, essas coisas, e também sempre reviso os conteúdos da escola. Acredito que esse tempo a mais será suficiente”, conta Isadora.

Esse vai ser o terceiro ano que a estudante fará as provas do Enem. Ela diz que a experiência dos outros anos ajudará a controlar o nervosismo e ansiedade, além de já saber o tempo necessário a ser dedicado em cada questão.

O objetivo de Isadora é conseguir uma bolsa no curso de Direito. Para isso ela pretende obter mais de 700 pontos nos dois dias de provas. Mas, além de uma porta de entrada para o Ensino Superior, a jovem diz que o Enem servirá para testar e definir os seus níveis de conhecimento.

De acordo com a diretora da Sóror, Josiane Kochake, a direção da escola passou em todas as salas incentivando e orientando os alunos que estudam no terceiro ano sobre a necessidade de fazer o Exame. Ela diz que o setor pedagógico e os professores de informática foram designados para auxiliar os alunos na hora das inscrições. Josiane salienta que o auxilio é importante, já que vários alunos não tem computador em casa ou acesso à internet.

“Agora, durante o ano até as datas das provas, a escola continua com a mobilização em todo o momento. Nas disciplinas os professores trabalham conteúdo que sabem que vai cair na prova, para que os alunos façam e se saiam bem, além de atividades que os conscientize sobre a importância de um bom resultado”, afirma.

De acordo com a diretora, além de ser bom para os alunos, a escola precisa das notas dos alunos no exame para que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) possa medir a qualidade da instituição. “Em virtude de nós só termos turmas do ensino médio, não temos nenhuma avaliação externa, então eles usam o Enem para avaliar os índices da escola”, destaca.

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