Valor da cesta básica segue em alta
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Felipe Alípio - Embora o valor final registre decréscimo de 2,76%, a monta fechou acima do valor médio
Com valor médio de R$373, cesta básica registra oscilações e fecha mais um mês em alta. Consumidor deve atentar aos preços das carnes
R$373 é o valor médio da cesta básica em São Lourenço do Oeste. Constatação foi obtida em pesquisa de preços realizada em mercados, na quinta-feira (3), pela redação do Destaque Regional. A monta tem decréscimo de 2,76%, porém, segue em alta quando comparada ao mesmo período de anos anteriores.
O conjunto de alimentos para nutrir uma pessoa fechou o mês em R$373,00. A monta é 2,76% abaixo do registrado na primeira semana de novembro, que era R$383,59.
Na atual conjuntura, o valor da cesta básica oscila entre R$365,71 e R$381,16. Três mercados, os com maior fluxo no município, foram visitados pela redação.
A cesta básica utilizada como referência em nossa pesquisa é baseada na fórmula do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além de itens, são referenciadas quantidades de alimentos.
Valorização
A cesta básica conta com 13 itens. Deste total, sete registraram valorização ao longo do mês de novembro.
Campeão em valorização foi a batata. O preço do legume aumentou em 26,68%, passando de R$3,86 para R$4,89. Nas quitandas, promoções oscilam de R$3,99 a R$5,69.
Banana também está na contramão da economia. A fruta acumula valorização de 23,93%. Atualmente, o preço médio está em R$4,52, ante R$3,99. Nas prateleiras, o fruto é ofertado entre R$3,99 e R$4,99.
A oscilação de preços no hortifrúti é normal para a época do ano. Fato decorre das condições climáticas, onde a produção regional enfrenta dificuldades com a seca e os produtos são adquiridos em outras regiões, acumulando o valor logístico.
Nos açougues, os preços apresentaram crescimento de 6,80%. Valor médio está R$15,66, ante R$14,66. As promoções oscilam dia-a-dia, tendo ofertas entre R$12,99 e R$16,99.
Outro item que apresenta constante oscilação é o leite. Em dezembro, o litro valorizou 2,88% e segue em alta. O preço médio está R$3,46, ante R$3,36 em novembro. Nas gondolas, o item oscila entre R$3,19 e R$3,59.
Lista de valorização segue com o feijão, 4,47%; açúcar, 4,32%; e café em pó, 1,17%.
Redução de preço
Cinco itens da cesta básica apresentaram redução de valor. Embora com decréscimo expressivo em alguns itens, o impacto no valor final é notoriamente pequeno.
Depois de estourar o valor, o tomate registra decréscimo. O preço médio está R$5,32 ao quilo, ante R$7,99. Redução foi de 33,38%. As promoções do fruto oscilam entre R$4,99 e R$5,99.
Outra redução expressiva foi registrada na manteiga. Derivado de leite está 29,64% mais barato. O preço médio ficou em R$7,12, ante R$10,12 registrado em novembro.
Efeito cascata acontece na farinha de trigo e no pão, embora o percentual de decréscimo seja diferente entre os itens. A farinha registra baixa de 3,47%, enquanto o pão 7,74%.
Para fechar a lista de redução de preços, há o arroz. O cereal apresentou retração de 3,46%, saindo de R$4,59 para R$4,43 ao quilo. Apesar da baixa, o valor é um dos mais altos registrados desde o início da pesquisa.
Açougue
Quem frequenta o supermercado, já deve ter notado que o valor das carnes sobe no fim de ano. O movimento é considerado normal para a época, haja vista o aumento na procura e o desabastecimento na oferta de animais.
Em 2020, a valorização da proteína animal chegou antes. Aumentos significativos foram registrados entre outubro e novembro.
Se tratando de carne bovina, no início de dezembro, o valor repassado ao consumidor teve acréscimo, na ordem de 6%. Para os próximos dias, expectativa é que o preço se mantenha firme.
Açougueiros preveem uma oscilação de preços entre as linhas de carne bovina. A carne para churrasco, a dita linha especial, tende a se valorizar. Esse movimento ocorre por conta das festas de fim de ano. Vale ressaltar que a carne especial é encontrada em menor quantidade no animal, gerando uma produção excessiva de carne de segunda linha. Por consequência, esta linha de produtos tende a registrar baixas no valor.
Aves e suínos apresentaram valorização superior ao gado. O mercado internacional, para estes produtos, angariou novos clientes, gerando esvaziamento de estoques no mercado brasileiro. Com menor oferta, o preço torna-se mais competitivo.
Alguns cortes de suíno registram valorização de até 100%, quando comparado ao trimestre passado.
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