Barateamento do custo da energia
Fiesc estuda alternativas para baratear o custo da energia para a indústria de Santa Catarina
Após novo aumento da tarifa da energia elétrica, a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) busca maneiras de suavizar o impacto da medida sobre o setor em Santa Catarina. A entidade pediu isenção do ICMS incidente sobre essa parcela extra de cobrança na última semana. Nesta quinta-feira (16), a Câmara de Energia da Federação reuniu-se para discutir alternativas.
Na apresentação, a entidade apresentou dois cases de empresas que tiveram redução na conta de energia após migração para o chamado mercado livre, quando a compra ocorre diretamente com a geradora ou comercializadora, sem passar pela distribuidora. Nestes casos, a economia variou de 27% para 41%.
A Linkplas, empresa do setor plástico de Joinville, por exemplo, afirma ter economizado mais de R$ 2,8 milhões com a medida. Outro case, a Eliane, indústria cerâmica do Sul do Estado, defende que a migração é importante, mas deve ocorrer com gestão e contratação eficientes.
"Nós temos uma geração de energia barata, mas a conta para o consumidor é muito cara. Nós vamos continuar insistindo tanto com o governo federal quanto com o governo estadual nesta questão da tributação dos energéticos, não somente para a indústria, mas para todos os consumidores", disse o presidente da Câmara, Otmar Josef Müller.
Müller lembrou que os custos da energia crescem especialmente nesse momento de crise hídrica, em que o consumidor do mercado regulado tem que pagar o adicional da bandeira vermelha.
"Não se aplicam as bandeiras tarifárias às indústrias que atuam no mercado livre, mas o grande volume das indústrias está no mercado regulado, especialmente as pequenas e médias", disse. Segundo ele, isentar o ICMS e PIS/Cofins da cobrança da bandeira vermelha significaria uma redução de 5,4% na conta de energia elétrica para indústrias que compram no mercado regulado.
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