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Santa Catarina

'A atividade econômica respondeu bem'

Para o presidente da Fecomércio/SC, Bruno Breithaup, a atividade econômica é segura contra o Coronavírus e o empresário tem feito o seu papel.

Após um ano repleto de incertezas quanto ao futuro econômico de Santa Catarina, o cenário de recuperação começa a se desenhar. Os bons números do segundo semestre fizeram com que a confiança do empresário catarinense crescesse.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio/SC), Bruno Breithaup, a atividade econômica é segura contra o Coronavírus e o empresário tem feito o seu papel.  

Em entrevista à Rede Catarinense de Notícias, ele defendeu a manutenção de todos os setores, com protocolos rígidos e cobrou a retomada na discussão de reformas estruturantes, como a tributária, política e administrativa.

Rede Catarinense de Notícias - Apesar da pandemia, o índice de confiança do comerciante está em alta. O empresário está otimista? 

Bruno Breithaupt - Sem dúvida. A atividade econômica respondeu bem no segundo semestre. O varejo do Estado, de outubro a outubro, cresceu 4%, enquanto o nacional foi de -1,4%. Houve abertura de supermercados, algumas redes abriram lojas e há a notícia de que querem abrir mais em 2021. Isso denota que o empresário está confiante no seu negócio, e que o varejo está crescendo. 

RCN - Esses 4% são uma média do varejo todo, mas dentro do comércio há uma disparidade entre os setores... 

Breithaupt - Supermercado cresceu 14%, material de construção 11,5% móveis e eletrodomésticos 11%: os que mais cresceram. Alguns setores foram mais atrapalhados, que é o caso de papelaria e materiais para escritório, e equipamentos de informática e comunicação. Esses estão negativos.

RCN - Num curto prazo, esses setores podem se recuperar?

Breithaupt - Podem sim. Essa é a expectativa. Outro setor que vem com dificuldade é a área de turismo, hotéis, restaurantes e eventos, que é o mais prejudicado porque não houve muita flexibilização no início para que pudessem voltar a funcionar.

RCN - O diálogo com o governo está aberto para garantir isso? 

Breithaupt - Está aberto. Temos participação no grupo econômico e já de muito tempo nós pressionamos o governo para flexibilizar os eventos, como falávamos dos hotéis. Há que se cumprir rigorosamente os protocolos para que a atividade não pare. É terrível: sempre que fecha uma empresa, há desemprego e uma série de transtornos. Nossa prioridade é a manutenção das atividades, com rígido controle. Ouvimos de epidemiologistas que o problema é a concentração de pessoas. Temos que conscientizar mais a população. 

RCN - As atividades econômicas são mais seguras então? 

Breithaupt - Seguramente. É cumprir rigorosamente os protocolos. Os empresários têm noção de segurança, tanto para manter seu negócio funcionando, quanto para que os consumidores se sintam seguros.

RCN - Houve uma demanda muito grande por crédito na pandemia. Deu para todo mundo?

Breithaupt - Logo que iniciou a pandemia nós fizemos vários contatos, várias reuniões. De um modo geral, não posso dizer que 100%, mas uma grande maioria foi alcançada. Além disso, o auxílio emergencial ajudou muito a economia. Teve ainda a redução de salário e jornada, e a suspensão do contrato de trabalho.

RCN - 2020 era o ano da reforma tributária. Em 2021 essa será uma das principais pautas? 

Breithaupt - Nós sentimos a necessidade de que em 2021 essas reformas avancem para que a economia dê uma resposta mais efetiva e mais rápida. Passada a pior fase, devemos voltar à discussão, e aprovação das reformas. Não só tributária, mas a administrativa e a política. 

RCN - Qual a projeção para 2021?

Breithaupt - A retomada das vendas aqui no Estado, de modo geral, foi positivas. Fechamos o ano satisfatoriamente, o que faz com que a projeção para este ano seja boa. O catarinense tem no DNA o empreendedorismo, inovação, criatividade, e acima de tudo a resiliência.

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