Queda no preço do feijão e alta nas exportações de frango
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Divulgação - Santa Catarina exportou 88,3 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em maio.
Em junho, exportações de frango subiram 8,2%. Outro destaque vai para a redução de quase 20% no preço do feijão-preto pago ao produtor catarinense
O Boletim Agropecuário de junho aponta crescimento de 8,2% nas exportações de frango e receita 7,9% maior em maio de 2023, comparado com o mesmo mês de 2022, em Santa Catarina. Outro destaque dessa publicação é redução de quase 20% no preço do feijão-preto pago ao produtor catarinense.
Este documento é editado mensalmente pela Epagri/Cepa com as informações das principais cadeias produtivas do agronegócio catarinense. Confira o desempenho dos demais produtos agropecuários no mês de maio.
Feijão
As cotações do feijão-carioca encerraram o mês com preço médio mensal de R$265,46 a saca de 60kg, uma redução de quase 20%. Para o feijão-preto, o preço médio sofreu um recuo de 13%, fechando a média mensal em R$215,20/sc de 60kg. Com uma oferta bastante ajustada à demanda, a ocorrência de uma safra nacional um pouco mais abundante acaba prejudicando a comercialização, reduzindo os preços recebidos pelos produtores.
Em todo o Estado, aproximadamente 85,5% da área plantada com feijão segunda safra já foi colhida, com previsão de encerramento para a segunda quinzena de junho. Para esta safra catarinense de feijão, a área plantada total (soma do feijão 1ª e 2ª safra) deverá cair cerca de 9%. Por outro lado, a produtividade deverá ter um incremento de 22%, resultando num aumento de produção de 11% em relação à safra anterior.
Soja
O prognóstico inicial da produção de soja em Santa Catarina, na primeira safra 2022/23, foi de 2,61 milhões de toneladas. Na atualização de maio de 2023, a produção do estado foi elevada para 2,86 milhões de toneladas. A atual safra é a maior da série histórica levantada pelo Epagri-Cepa e o IBGE. O aumento sistemático da área cultivada no estado e as condições climáticas na atual safra resultaram nesta produção recorde.
No Brasil, a confirmação de uma safra recorde em 2022/23 de 155,7 milhões de toneladas continua forçando os preços da soja no mercado interno. No Estado, a cotação de R$126,86/sc, em maio, foi o menor valor desde 2020. No entanto, na primeira quinzena de junho, as poucas chuvas no cinturão verde nos Estados Unidos oferecem indícios de uma recuperação nos preços dos contratos futuros, o que é um sinal positivo para os produtores.
Banana
Entre abril e maio de 2023 houve desvalorização das cotações da banana-caturra, devido ao aumento na oferta relativa. A expectativa é de manutenção nas cotações com redução na oferta, porém com melhor qualidade da fruta. Para a banana-prata, houve desvalorização nos preços devido à menor demanda pela variedade. A expectativa é a manutenção das cotações com menor oferta pela variedade e concorrência de frutas da época.
Em maio, a estratégia dos produtores foi diminuir o ritmo da colheita com a expectativa de redução da oferta da fruta e valorização das cotações futuras para compensar a diminuição sazonal na demanda da fruta. Nos cinco primeiros meses de 2023, a produção de banana catarinense participou com 9,0% do total comercializado no mercado atacadista das centrais de abastecimento nacionais.
O valor negociado da fruta catarinense foi de R$65,9 milhões, com aumento de 43,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na safra 2022/23 a produção está estimada em 702,3 mil toneladas, com redução de 2,3% em comparação à safra de 2021/22. A principal microrregião catarinense produtora de banana-caturra é a de Joinville, com 52,9% do volume total; enquanto a microrregião de Araranguá representa 43% da produção da banana-prata no Estado.
Bovinos
Os preços do boi gordo em Santa Catarina nas duas primeiras semanas de junho apresentaram queda de 2,4% em relação à média do mês anterior. A mesma tendência foi observada nos principais estados produtores, com variações ainda mais expressivas, como no caso de Goiás (-11,0%) e Mato Grosso (-9,9%). Na comparação entre o valor preliminar de junho e o do mesmo mês de 2022 observou-se queda de 13,5% no preço médio estadual de Santa Catarina.
De acordo com dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), sistematizados pela Epagri/Cepa e divulgados no Observatório Agro Catarinense, nos primeiros cinco meses deste ano um total de 252,6 mil bovinos foram abatidos em estabelecimentos inspecionados no estado, queda de 2,6% em relação à produção do mesmo período de 2022.
Frangos
Santa Catarina exportou 88,3 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em maio – alta de1,5% em relação às exportações do mês anterior e de 8,2%na comparação com as de maio de 2022. As receitas foram de US$199,4 milhões, crescimento de 8,3% em relação às do mês anterior e de 7,9% na comparação com as de maio de 2022. Apesar da detecção do vírus em aves silvestres, o Brasil não perdeu sua condição de país livre de influenza aviária e não foram impostas proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. Além disso, vale destacar que as exportações de carne de frango mantiveram-se estáveis em relação ao mês anterior e na comparação com maio de 2022.
No acumulado do ano, Santa Catarina exportou 454,5 mil toneladas, com receitas de US$985,5 milhões, altas de 8,7% em quantidade e de 16,7% em valor na comparação com as do mesmo período do ano passado. O Estado foi responsável por 23,4% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos cinco primeiros meses do ano.
De acordo com dados da Cidasc, sistematizados pela Epagri/Cepa e divulgados no Observatório Agro Catarinense, de janeiro a maio deste ano foram produzidos no estado, e destinados ao abate, 352,6 milhõesde frangos, alta de 0,8% em relação aos abates do mesmo período de 2022.
Suínos
Santa Catarina exportou 54,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em maio, queda de 4,6% em relação às exportações do mês anterior, mas alta de 16,1% na comparação com as de maio de 2022. As receitas foram de US$139,5 milhões, redução de 1,4% em relação às do mês anterior e crescimento de 24,1% na comparação com as de maio de 2022.
No acumulado do ano, o estado exportou 260,7 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$643,6 milhões, altas de 14,0% e 27,0%, respectivamente, em relação às do mesmo período de 2022. Santa Catarina respondeu por 56,5% das receitas e por 55,1% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.
De acordo com dados da Cidasc, sistematizados pela Epagri/Cepa e divulgados no Observatório Agro Catarinense, de janeiro a maio deste ano foram produzidos em Santa Catarina e destinados ao abate 7,40 milhões desuínos, alta de 4,8% em relação ao mesmo período de 2022. Dos animais produzidos no período, 90,6% foram abatidos em Santa Catarina, sendo o restante destinado a frigoríficos localizados em outros estados.
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