Produção de leite cresce no estado catarinense, enquanto os demais estados brasileiros, se deparam com queda. Se comparado ao mesmo período do ano passado, quantidade do produto nas indústrias diminuiu 5,1%

De acordo com a Pesquisa Trimestral do Leite, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantia de leite adquirida pelas industrias brasileiras registrou queda de 5,1% no ano passado, em comparação com 2021. Porém, em Santa Catarina a quantidade de litros aumentou em cerca de 32 milhões (+1,1%). De acordo com o Observatório Agro Catarinense, o aumento se deve a uma melhoria da produtividade.

O analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Tabajara Marcondes, explica que algumas regiões do Estado se destacaram na expansão da produção. “A partir dos anos de 1990, o Oeste apresentou um crescimento bem mais expressivo do que o das demais regiões. Nos anos mais recentes, o Sul de Santa Catarina também tem apresentado crescimento expressivo, inclusive porque a produção do leite tem se apresentado como alternativa de renda para famílias que, até então, se dedicavam a outras atividades”, explica.

Conforme dados do Observatório, as regiões de Santa Catarina com maior produção de leite são, respectivamente, o Extremo Oeste, o Oeste e o Meio Oeste, com a região do Litoral Sul em quarto lugar.

Balança comercial

De acordo com o Boletim Agropecuário de abril, no primeiro trimestre de 2023, as importações brasileiras de lácteos atingiram 65,6 milhões de quilos – 174% a mais que no primeiro trimestre de 2022 (23,9 milhões de quilos). Como as exportações registraram queda, o déficit comercial do trimestre atingiu 58,9 milhões de quilos, um crescimento de 340% em relação ao déficit de 13,4 milhões de quilos do primeiro trimestre de 2022.

Segundo os dados parciais dos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio pago ao produtor pelo litro de leite em abril será superior ao de março. A estimativa provisória de um preço médio consta R$ 2,72 por litro.

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