Sem consenso, novas regras do ICMS devem ser votadas no início de maio
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Ascom Silveira -
A arrecadação tributária de Santa Catarina cairá entre R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões anuais com a unificação em 4% da alíquota do ICMS interestadual, calcula o secretário da Fazenda do Estado, Antonio Gavazzoni. A votação do projeto está marcada para 16 de abril na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Em seguida, seguirá para votação do plenário.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garante que os dois fundos – de compensação e de desenvolvimento regional, cobrirão todas as perdas estaduais com a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
Segundo suplente do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), Gavazzoni adverte, no entanto, que a Medida Provisória limitou em R$ 8 bilhões o teto anual de transferências aos estados a título de compensação das perdas de arrecadação.
Se o projeto permanecer sem alterações, ele acredita na necessidade de redução da alíquota interna de insumos para Santa Catarina se adequar às novas normas. Isso porque, conforme explicou, a alíquota será de 4% se a indústria comprar de outro Estado, mas o imposto interno é de 17%.
Os secretários da Fazenda das regiões Sul e Sudeste querem um prazo de quatro anos para a redução da alíquota interestadual em 4% para todos os Estados, sem nenhuma distinção, diferentemente do que prevê o governo federal.
Mantega disse que a União deve gastar quase meio trilhão de reais com a mudança do ICMS - imposto que representa 70% da reforma tributária nacional. Com 27 regimes diferentes de tributação, o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é visto como o maior empecilho para a competitividade da economia brasileira por atrapalhar tanto a produção como a comercialização.
O senado tem pressa em resolver a questão, pois a MP 599/2012 tem validade até 6 de junho. Caso contrário, o Supremo Tribunal Federal voltará a deliberar sobre o assunto.
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