* Frei Luizinho Marafon - Pároco na igreja São Lourenço Mártir

Na história do cristianismo, há uma mulher muito especial. Ela é judia de origem, pobre, esposa de um carpinteiro. O Anjo Gabriel a chama de "cheia de graça" e não "Maria" (Confira Lc 1,28). Isto quer dizer que Maria nunca esteve sujeita ao pecado.

Maria é cheia de graça, soube dizer sim ao plano de amor do Pai, por Ela Jesus se fez gente, veio morar entre nós. Maria não é a mocinha ingênua que alguns imaginam, Ela tinha consciência dos fatos e da sua situação. O Evangelista Lucas diz que Maria guardava tudo em seu coração (Lc 2,51). De fato, Maria em cada acontecimento crescia em graça e compreensão.

Certamente ela se relacionou muito com Jesus, participou de toda a sua formação, desde a infância até a idade adulta e com certeza o diálogo com Jesus era muito franco e aberto e de muita confiança. Quando Jesus se tornou pregador ela não interferiu na sua escolha.

Por que Maria é cheia de graça? Porque ela tem a beleza no coração, na vida, na alma. Ela não é a mulher mais linda do mundo, mas a mais graciosa e bem aventurada. Se Isabel e o Anjo não erraram nós também não erramos. É por isso que a devoção cristã viu em Maria o modelo perfeito cristão, pela sua fé e entrega ao Plano de Deus. Ela é a Mãe de Cristo. Está intimamente ligada à obra salvadora de Jesus Cristo. É por isso que muitos(as) têm uma devoção especial a ela. Sem ela não teríamos Jesus ou melhor, Deus no seu grande amor por nós acharia, sem dúvida, uma outra maneira para dar à humanidade seu filho Jesus. Que presente, que mulher, que mãe e que filho.

É essa ternura de mãe, de mulher graciosa que nós católicos queremos lembrar quando reverenciamos Maria. Ela não é uma deusa, mas não é uma mulher qualquer, uma mulher comum. Ela é cheia de graça e nós gostamos da graça que Maria tem.

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