logo RCN

Água potável: nosso maior patrimônio

 “A água de boa qualidade é exatamente como a saúde ou a liberdade: ela só tem valor quando acaba”. A antiga frase do escritor Guimarães Rosa, parecia antever a realidade do mundo atual, onde um bilhão de pessoas não tem acesso á água potável. No Brasil, apesar de contar com a maior reserva de água doce, com 14%, segundo os últimos estudos, é preciso investir R$ 18,2 bilhões só para garantir o abastecimento urbano até 2015.

 

A passagem do Dia Mundial da Água, neste 22 de março, deve servir como profunda reflexão diante do quadro critico deste recurso natural tão vital, principalmente nas grandes cidades que sofrem com a ocupação desordenada. Não por acaso, a ONU instituiu 2013, como o Ano Internacional para a Cooperação pela Água, uma forma de alertar para a preservação, utilização racional e distribuição eficiente a partir de tecnologias sustentáveis.

 

Em Santa Catarina, essa situação de vulnerabilidade dos recursos hídricos não é diferente, exigindo atenção especial na gestão da água. Cumprindo seu papel na melhoria da qualidade de vida dos catarinenses e sua missão de preservação ambiental, a Casan como instrumento de política pública de saneamento, vem desenvolvendo projetos e ações de curto, médio e longo prazo no sentido de garantir o abastecimento nos 200 municípios de sua área de atuação, em que atende mais de 2,5 milhões de habitantes com água tratada.

 

Dos R$ 1, 5 bilhão de recursos assegurados do plano de investimentos para os próximos três anos na ampliação do saneamento básico, R$ 265 milhões são para a ampliação do abastecimento de água e já estão sendo aplicados. Os atuais investimentos acontecem paralelamente ao desafio maior da Casan na atualidade que é a ampliação da cobertura da rede de coleta e tratamento de esgoto sanitário, vital também para que o sistema de mananciais de água não seja impactado.

 

Com foco nas regiões de maior densidade populacional e no seu futuro, mas sem esquecer os pequenos municípios, também os macros projetos de novas captações de água já estão em andamento, em parceria com o governo federal, e vão assegurar abastecimento regular pelos próximos 20 a 30 anos na região da Capital e Grande Florianópolis, a partir do Rio Tiucas; na região de Chapecó, a partir do Rio Chapecózinho; no Sul, com a construção da Barragem do Rio do Salto e na região Norte com a captação no Rio Itapocu.

 

São investimentos que se traduzem numa forma de desenvolvimento sustentável. A água é, cada vez mais, um bem finito. Se quisermos continuar tendo água para o consumo humano também temos que investir no tratamento de esgotos. Mas acima de tudo, estimular a reflexão e a mudança de atitude da sociedade em torno uso racional do maior patrimônio atual da humanidade: a água potável. 

Anterior

Redistribuição dos royalties divide o Congresso Nacional

Próximo

A nova dimensão dos livros e das escolas

Deixe um comentário