* Frei Luizinho Marafon - Pároco da Igreja São Lourenço Mártir e Nossa Senhora Aparecida

O mês de maio é diferente de todos os outros meses do ano. Há um clima envolvente e muito especial. Além de ser o mês dedicado a Nossa Senhora, celebramos também o dia das mães. E quando falamos das mães não podemos deixar de lembrar a Mãe das mães, Maria de Nazaré. Ela ocupa um papel na Igreja como a Mãe e intercessora dos seus filhos e filhas. Todo o carinho, amor e ternura para com a Mãe são manifestados através de orações, novenas, missa e tantas manifestações de afeto e ternura que muitas pessoas manifestam àquela que nos deu o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ao longo e toda a história da Igreja ocorreram muitas aparições da Virgem Maria. Em 39 d.C., a tradição nos conta que a Virgem apareceu a São Tiago Maior em Saragoça, Espanha. Entretanto não se sabe exatamente quando a Igreja começou a estabelecer regras pelas quais se julga a autenticidade dessas aparições. Até hoje, das centenas de visões relatadas, apenas umas poucas são reconhecidas. O Catecismo da Igreja Católica no 67 assim se expressa: “No discurso dos séculos, houve revelações denominadas “privadas”, algumas delas reconhecidas pela autoridade da Igreja. Elas não pertencem, contudo, ao depósito da fé. A função delas não é “melhorar” nem “completar” a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a viver dela, com mais plenitude, em determinada época da história”.

Detalhes das aparições

Sempre que a Virgem Maria aparece em grande parte de suas mensagens pede por uma conversão e pela reparação às ofensas contra o Seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo. As aparições já produziram milhares de frutos como: muitas conversões, construções de muitas Igrejas e muitas peregrinações marianas. As aparições também comprovam que a Virgem Maria já desceu à terra para curar, instruir, encorajar, proteger contra doenças e pragas. As aparições comprovam o carinho e o cuidado maternal que Maria Santíssima tem por nós seus filhos e filhas. Outro detalhe da grande maioria das aparições de Nossa Senhora é que foram testemunhadas por pessoas simples, humildes, pastoras, crianças, pessoas sem instrução e sem influência na sociedade. Todas estas pessoas sempre foram examinadas com muito cuidado para comprovar a aparição.

O que diz o Catecismo da Igreja Católica

O Espírito Santo prepara Maria e realiza o projeto amoroso de Deus, fazendo com que ela conceba em seu ventre o Salvador. “Em Maria, o Espírito realiza o desígnio benevolente do Pai. É pelo Espírito Santo que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. Sua virgindade transforma-se em fecundidade única pelo poder do Espírito e da fé” (CIC no. 723).

Maria é a pessoa de fé que vive em silêncio o mistério de Deus que acontece em sua existência. Todavia, o Espírito Santo se encarrega de revelar ao mundo que aquele menino, filho de Maria, é o Filho do Pai Eterno, o Salvador prometido por Deus e esperado pelo povo de Deus. “Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai tornado Filho da Virgem. Ela é a Sarça ardente da Teofania definitiva: repleta do Espírito Santo, ela mostra o Verbo na humildade de sua carne, e é aos pobres e às primícias das nações que ela o dá a conhecer” (CIC no. 724).

O respeito e a piedade da Igreja para com a Mãe de Jesus fazem parte do culto cristão. Desde os primeiros tempos da Igreja, ela é honrada de maneira especial, por ser a Mãe de Deus. Esta piedade encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas a ela e na oração mariana, tal como Rosário, “resumo de todo o Evangelho”. (CIC no. 971).

Maria ama seus filhos e suas filhas e por isso intercede ao Pai e pede a proteção para todos. Aquela que é cheia do Espírito Santo também se faz presente em muitas aparições.

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