Mercado de trabalho
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Arquivo DR - Construção civil vive um momento ímpar, apesar de ter baixo movimento no balcão de empregos.
Na contramão nacional e estadual, municípios da região amargam saldos negativos no balcão de empregos. Embora o comércio e prestação de serviços tenham gerado novas oportunidades, não conseguiram suprir os desligamentos feitos pela indústria
O comércio está movimentando o balcão de trabalho, porém, o desempenho não é o suficiente para superar a freada das indústrias. Cenário é apresentado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Prospecção de outubro foi divulgada na quinta-feira (26/11).
Na região, a maioria dos municípios registraram saldo positivo na geração de empregos. Uma característica em comum é que o comércio foi propulsionou a geração de emprego.
Levantamento aponta que números positivos foram registrados em Anchieta (6), Coronel Freitas (32), Coronel Martins (2), Irati (9), Jardinópolis (1), Santiago do Sul (2), São Bernardino (5), São Domingos (4) e União do Oeste (3).
Algumas cidades apresentaram estagnação no saldo de empregos. Trata-se de Formosa do Sul e Galvão. Ambas tiveram admissões e demissões, cinco e respectivamente seis, mas o saldo resultou em zero.
Cinco cidades apresentaram desempenho negativo na geração de empregos. Postos de trabalho foram fechados em Campo Erê (9), Jupiá (1), Novo Horizonte (3), Quilombo (8) e São Lourenço do Oeste (4).
Em amplitude estadual, o saldo de empregos ficou positivo. Caged aponta que foram criados 32.911 postos de trabalho. Coeficiente decorre da admissão de 116.806 e desligamento de 83.895 trabalhadores.
No Brasil, foram gerados 394.989 novos postos de trabalho. O coeficiente é resultado da contratação de 1.558.628 e desligamento de 1.153.639 trabalhadores.
São Lourenço do Oeste
Em São Lourenço do Oeste, o balcão de empregos apresentou uma movimentação intensa durante o mês de outubro. No fechamento, foi registrado fechamento de quatro postos de trabalho. Ao longo do mês, foi registrado 335 contratações e 339 desligamentos.
Melhor desempenho foi obtido pela prestação de serviços, onde 15 novos postos de trabalho foram abertos. Durante o mês, foram registradas 62 admissões e 47 desligamentos.
Comércio teve crescimento. Foram criadas 14 novas oportunidades de emprego. Durante o mês, foram efetivadas 70 contratações e 56 desligamentos.
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sidnei Karsburg, conta que é natural o movimento de contratação no período. "Para o fim de ano, aumenta a demanda de vendas e automaticamente o comércio faz contratações", explica.
Construção civil e agronegócio registraram abertura de um novo posto de trabalho.
Indústria foi o setor que mais movimentou o balcão de empregos. Ao longo do mês, foram desligados 227 trabalhadores e contratados 192. Movimento resultou no fechamento de 35 postos de trabalho.
Apesar de saldos negativos nos últimos três meses, São Lourenço do Oeste registra saldo positivo no acumulado do ano. Conforme apurado no sistema Caged, foram criados 269 novos postos de trabalho.
Temporários
O período de fim de ano é marcado pela contratação de colaboradores temporários. Para 2020, há expectativa de que tais contratações ocorram, porém, em menor intensidade que em anos anteriores.
Comércio em geral prospecta bons resultados para o período de fim de ano. Em levantamento, feito pela Federação Catarinense de Dirigentes Lojistas (FCDL), os comerciantes prospectam aumento de 5% nas vendas. Para atender a demanda, muitos lojistas irão aumentar o time de vendedores.
Em São Lourenço do Oeste, as expectativas são promissoras. Karsburg conta que os comerciantes utilizam da contratação de temporários. "Geralmente, são contratações temporárias. Ações que buscam atender bem os clientes, principalmente no fim de ano", enfatiza.
Maior oferta de empregos temporários, em Santa Catarina, acontece na região litorânea. Restaurantes, mercados, hotéis e lojas encontram nos turistas um promissor foco de trabalho. Para 2020, há dúvidas sobre a necessidade de contratar colaboradores temporários.
Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio - SC) aponta que os empresários estão receosos. Diante do cenário imposto pela Pandemia do Covid-19, o volume de contratações temporárias será reduzido. Dos empresários consultados, 49,2% não pretende contratar, 40% irá contratar e 10,8% ainda não tem definição sobre o tema.
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