Em 2023, o Programa Terra Boa contará com aporte de R$114,7 milhões do Governo do Estado. Anúncio foi feito na semana passada. Contratos serão operacionalizados nos próximos dias

Para boa parte dos municípios catarinenses, o agronegócio é a força motriz da economia. Uma característica das propriedades rurais é a agricultura familiar, movendo-se para pequenos latifúndios. Com a finalidade de incentivar a expansão do setor, o Governo do Estado estruturou o Programa Terra Boa. Para 2023, o projeto terá aporte de R$114,7 milhões. Verba será destinada a fortalecer a produtividade nas lavouras, contemplando a diversas culturas.

O Programa Terra Boa terá aporte para aquisição de sementes de milho, calcário e kits para melhoria de pastagens e do solo. O incentivo à apicultura e à meliponicultora também está contemplado no projeto. Neste ano, será mantido o apoio ao cultivo de cereais de inverno.

Em 2023, o Terra Boa terá 37% a mais recursos disponíveis. No lançamento, o Secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, anunciou que o aporte será de R$114,7 milhões.

Programa irá incentivar a aquisição de 200 mil sacas de sementes de milho; 430 mil toneladas de calcário; 4.500 kits forrageira; 1.200 kits apicultura; dois mil kits solo saudável e apoiará o cultivo de até 10 mil hectares de cereais de inverno, que serão destinados para a produção de ração animal.

Produção de milho

Um dos maiores desafios do agronegócio de Santa Catarina é aumentar a produção de milho, ao ponto de sustentar as cadeias produtivas de carne e leite. Embora longe de superar o déficit, o programa visa incentivar o cultivo de milho no estado.

No programa Terra Boa, há oferta de sementes de milho de alto valor genético acessíveis aos produtores. Além de reduzir riscos de perdas e quebras na produção, as sementes proporcionam rendimento maior por hectare plantado.

Cada produtor pode receber até cinco sacos de semente. A devolução será na colheita da safra seguinte, com a quantidade equivalente de saco recebidos. A variedade da semente e o nível tecnológico definem a proporção de troca.

Calcário

A correção do solo é um processo recorrente. Neste ano, cada agricultor poderá retirar até 30 toneladas de calcários.

Se a retirada do material for nas cooperativas, a devolução será no próximo ano, com o resultado da colheita.

Caso o produtor opte por retirar o calcário nas empresas mineradoras, o produto será gratuito.

Kit Forrageira

Nesta edição, serão entregues 80 kits forrageira para produtores rurais. Escolha dos contemplados será por meio de projeto técnico, elaborado pela Epagri. Cada unidade receberá o repasse do valor de R$ 2,6 mil.

O produtor pode pagar o investimento em três parcelas anuais, sem juros. Caso opte em fazer um pagamento único, no vencimento da primeira parcela, terá um desconto de 30% sobre o valor da segunda parcela e de 60% sobre o valor da terceira.

Kit Apicultura

O kit tem o valor de R$ 2,6 mil, além do fornecimento de abelhas rainhas. O contemplado terá dois anos de prazo para pagamento, com parcelas anuais e sem juros. Caso o produtor optar em adiantar o pagamento da segunda parcela para a mesma data de vencimento da primeira, este terá um desconto de 60% sobre o valor da segunda parcela.

Kit Solo Saudável

O kit solo saudável é um subsídio para quem precisa promover uma correção em sua propriedade. É ofertado o valor de R$2,6 mil. Produtor terá dois anos de prazo para pagamento, com parcelas anuais e sem juros. Caso o produtor opte em adiantar o pagamento da segunda parcela para a mesma data de vencimento da primeira, este terá um desconto de 60% sobre o valor da segunda parcela.

Cereais de Inverno

O incentivo para produção de cereais de inverno, destinados à fabricação de ração, foi aumentado. Nessa edição, o repasse será de R$350 por hectare efetivamente plantado. Cada agricultor poderá receber o equivalente até dez hectares.

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